Resenha: Os Instrumentos Mortais
Cidade das Cinzas


Livro: Cidade das Cinzas
Série: Os Instrumentos Mortais
Autor: Cassandra Clare
Gênero: Romance, Fantasia, Ficção, Suspense
Editora: Galera Record
Páginas: 404

   Sinopse:

Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que só isso. Mas o mundo dos Caçadores não está disposto a abrir mão de Clary — especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe dos dois parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Valentim, que com certeza é louco, mau... e também o pai de Clary e Jace.
Para complicar ainda mais, alguém na cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Será que Valentim está por trás dessas mortes? E se sim, qual é o seu objetivo? Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar — e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo em que acredita para ajudar o pai?

Nessa sequência de tirar o fôlego da série Os Instrumentos Mortais, Cassandra Clare atrai os leitores de volta para o lado mais obscuro do submundo de Nova York, onde amar nunca é seguro e o poder se torna a mais mortal das tentações.

(Sinopse padrão para Cidade das Cinzas, disponível nas páginas online dedicadas a ela, no Skoob, na Saraiva e na Wikipedia.)




   Na contra capa:

E Clary não pode deixar de se perguntar: será que as ironias de Jace são só uma forma de chamar atenção, ou também pode haver uma traição por trás de tanto mistério?

Queridos Edward e Jacob,
Adoro vocês, mas vou passar o fim de semana com Jace.
Desculpe! Com amor, Stephenie Meyer (autora de Crepúsculo)

   Book Trailer:


   O que eu achei:

Fantástico! A continuação da saga realmente superou minhas expectativas em todos os sentidos! Ficaram várias perguntas no ar, e a situação um caos, após o final do primeiro livro. Então, coube ao segundo continuar nos encaminhando, orientando, em meio a tantos acontecimentos.

O livro começa com o Valentim usando de um feiticeiro jovem para invocar um Demônio Maior. E parte para nos mostrar como o Instituto ficou, agora que Hodge Starkweather abandonou o mesmo após sua traição. Jace, Isabelle e Alec estão sozinhos, enquanto Clary e Simon tentam ficar distantes daquele mundo sobrenatural; a mãe de Clary ainda está em sono profundo, e a verdade chocante de ter se apaixonado por seu próprio irmão ainda assombra a Clary. Em meio a tudo isso, os pais adotivos de Jace, os Lightwood retornam, cheios de dúvidas, e incertezas. Tomando-o como suspeito de conspirar e ajudar o pai, Valentim Morgenstern, em seus planos.

Solitário, indignado e confuso, vemos uma face de Jace que desconhecíamos até então: alguém frio, com raiva e disposto a ser temido. Embora essa fúria venha ser aplacada pela intervenção de Luke, e de Clary. Aliás, no segundo livro ficamos sabendo de muitos, muitos detalhes sobre Luke: sua trajetória, e como ele chegou até onde está. A história de Valentim e Jocelyn também é bem explorada, deixando-nos presos a cada detalhe exposto.

Esse livro está muito mais recheado de ação e suspense do que o primeiro, e ficamos conhecendo melhor o segundo Instrumento Mortal: a Espada da Alma, de imenso poder, e capaz de mostrar se um Shadow Hunter está falando a verdade, ou não. É claro, que Valentim encontra outros usos para ela.

O ritual que Valentim deseja concluir envolve o sacrifício de uma criatura de cada espécie, dentre as principais do submundo: uma criança filha da lua, uma criança filha da noite, uma criança feiticeira, e uma criança fada. E se concluída, dará a ele um poder demôniaco a ser temido.

As surpresas vem uma atrás da outra, e até Simon não foi deixado de lado. Realmente, o que aconteceu no filme, aconteceu também no livro. Mas de forma bem menos (bem menos mesmo) exagerada; Seja para bem, seja para mal, ele mudou. E isso afetará a todos.

Também ficamos conhecendo melhor as principais raças do Submundo: vampiros, lobisomens e fadas. A Inquisidora surge como autoridade máxima e absoluta, rígida e com punhos de ferro. Sabemos que algo mais do que a justiça a motiva, mas não conseguimos definir o quê, a princípio.

Para equilibrar o jogo, ficamos a par dos estranhos poderes de Clary, capaz de criar Marcas que nenhum outro Caçador de Sombras conhece, e de Jace, com forças e habilidades inigualáveis.

Drama também está bem presente, afinal, nem tudo são flores. É surpreendente, desde os pontos fantásticos da obra, até os psicológicos de seus personagens. São questões de consciência, de personalidade, valores e princípios. E isso torna a história pessoal, de alguma forma, para cada um de nós. O final do livro foi satisfatório, e deixou aberta a porta para o terceiro volume da saga.


   O que mais gostei:

A autora mostra que é globalizada, e que não vê nada de errado ao inserir em seus livros várias referências do mundo, uma delas, o mangá do Naruto, lido pelo Maxwell, irmão caçula de Alec e Isabelle; entre outras referências, essa foi a que mais me agradou (afinal, eu sou fã de Naruto!). O modo como o final foi tratado, com todo o peso psicológico e dramática também me agradou muito.

Outra coisa que não posso deixar de comentar: o relacionamento de Alec e Magnus. Como vimos em Cidade dos Ossos, até mesmo nesse mundo fantástico há o preconceito contra relacionamentos homossexuais. Eles não são bem vistos. Má o enfoque dado é no fato de que Alec é apaixonado por Jace, e que por não ser correspondido, dá uma chance a Magnus, que passa a servir como válvula de escape: alguém que lhe corresponde sentimental e fisicamente. E apesar disso tudo, Alec ainda não deixou de ser apaixonado por Jace, até que determinadas cartas são postas na mesa.

   O que não gostei:

Bem, triângulos amorosos costumam ser chatos, e entediantes, mas isso foi eliminado nesse volume! E embora tenha momentos em que eu segurei o fôlego, o resultado final foi impressionante.

   Citação Preferida:


Bem, é isso pessoal! Realmente estou adorando a saga. Que venha o terceiro, quarto, quinto e sexto, volumes!
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