Livro: O Mistério do Cinco Estrelas
Série: Série Vaga-Lume
Série: Série Vaga-Lume
Autor: Marcos Rey
Gênero: Aventura, Infanto-juvenil
Editora: Ática
Páginas: 128
Sinopse:
Um homem é assassinado no 222 do Emperor Park Hotel. O único que viu o corpo foi Leo, mensageiro deste cinco estrelas. Mas ninguém acredita em suas histórias. Ele é apenas um garoto e seus inimigos são poderosos. Conseguirá, afinal, desvendar o 'Mistério do 5 Estrelas'? Abra este livro e embarque numa aventura cheia de suspense e surpresas, onde Leo se verá enredado numa trama de tirar o fôlego da primeira à última página.
(Sinopse padrão para O Mistério do Cinco Estrelas, disponível na página online dedicada ao livro, no Skoob. Na Saraiva (Aqui está o link) consta a versão comercial da obra, e não a edição que li, uma vez que a mesma fazia parte da coleção Literatura em Minha Casa, um projeto do Governo e Ministério da Educação que eu particularmente adorei.)
Sobre o autor:
Marcos Rey é o pseudônimo do escritor paulista Edmundo Donato. Um dos marcos de sua escrita era o uso da cidade natal, São Paulo, como cenário em suas histórias. Dedicou-se principalmente às obras voltadas ao público juvenil, mas também escreveu crônicas, contos e se destacou escrevendo romances, além de várias obras literárias adultas. Tem cerca de 14 livros infanto-juvenis publicados pela série Vaga-Lume, da Editora Ática, e inúmeros outros títulos fora da série. Faleceu em 1999, vítima de complicações decorrentes de uma cirurgia.
O que mais gostei:
Marcos Rey é o pseudônimo do escritor paulista Edmundo Donato. Um dos marcos de sua escrita era o uso da cidade natal, São Paulo, como cenário em suas histórias. Dedicou-se principalmente às obras voltadas ao público juvenil, mas também escreveu crônicas, contos e se destacou escrevendo romances, além de várias obras literárias adultas. Tem cerca de 14 livros infanto-juvenis publicados pela série Vaga-Lume, da Editora Ática, e inúmeros outros títulos fora da série. Faleceu em 1999, vítima de complicações decorrentes de uma cirurgia.
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Marcos Rey |
A história tem um cenário super legal, e esse é justamente um dos aspectos da escrita do Marcos Rey que desejo ressaltar. Ele usa e abusa de São Paulo, gente! É praticamente o cenário preferido dele. Já li praticamente todos os livros que ele escreveu, lançados na série Vaga-Lume, e todos tem exatamente essa ambientação: os bairros dessa cidade tão vasta, e diversificada. E os mesmos elementos estão presentes em todas as obras: ação, aventura, um toque de suspense e mistério, e uma adrenalina psicológica que para crianças e adolescentes pode ser encarada como o açúcar da receita, você não vai querer parar de ler até que termine o livro, uma página chama a outra. Mas, vamos focar, galera!
Falando especificamente sobre "O Mistério do Cinco Estrelas", quando li o livro pela primeira vez, uns 10 anos atrás (sim! Muito tempo, não? Mas é bem pro aí mesmo, sempre fui ratinho de bibliotecas públicas) eu adorei, era na medida certa! Tive o prazer imenso de relê-lo esses dias, e não poderia deixar de compartilhar com vocês, afinal, agora que fiquei maior, minhas impressões sobre o livro devem ter mudado, certo? Não! Devo admitir que agora vejo o livro como sendo mais simples do que na época da minha primeira leitura, mas o objetivo ele continua sendo o mesmo: cativar e prender o leitor, fazê-lo prestar atenção, pensar, buscar. A ambientação escolhida pelo autor, um hotel de luxo, e os personagens deixam tudo melhor.
Porém, contudo, entretanto... Como ser social que sou, não posso deixar de ver a 'pegada' crítica que o autor destilou no livro, temas simples, cotidianos, porém que nos dizem um pouco sobre a realidade, principalmente no Brasil. E levem em consideração que a história do livro foi lançada em 1981! Mas como certa amiga me disse, em uma conversa extremamente prazerosa, "é a História se repetindo, com algumas pequenas alterações, mas massivamente a mesma". Vou destacar apenas dois pontos, para embasar minha opinião.
Leo, o protagonista, vem de uma família simples, porém muita 'direita', como diriam meus avós, quando acusado de roubo, e demitido por isso, não teve vez. Nem seus superiores acreditaram em sua honestidade, e quando consultou a "sua garota especial" ela veio que uma triste realidade: "Penso que deva ficar quieto em seu canto. Meu pai é advogado e sempre diz que um pobre dificilmente consegue pôr um rico na cadeia". E não é exatamente assim que acontece? Quem tem vez quando a situação "fica preta" e o oponente é alguém com uma condição financeira muito bem estabelecida? Até mesmo a polícia não acreditou em Leo, apesar das inúmeras evidências por ele apresentadas.
Uma segunda abordagem do autor que eu realmente apreciei, foi a exploração da temática da vida dos deficientes físicos: suas dificuldades, superação, habilidades distintas, convivência em sociedade e adaptabilidade. Ele teve o cuidado de ressaltar a importância, e criticar a ausência, de rampas de acesso, para deficientes físicos em prédios públicos, residenciais, e ruas em geral. Porém, não colocou o deficiente como um ser à mercê, totalmente frágil. Não, pelo contrário. Ele retratou-os através do personagem Gino como inteligentes, capazes e enérgicos, que não se deixam abater facilmente.
Bem, creio que isso é o que eu posso adiantá-los sobre o livro. É delicioso de ler. E lhes acrescentará algo, ao final da leitura. Posso garantir isso!
Curiosidades:
Outros títulos do autor, publicados na série Vaga-Lume:
Falando especificamente sobre "O Mistério do Cinco Estrelas", quando li o livro pela primeira vez, uns 10 anos atrás (sim! Muito tempo, não? Mas é bem pro aí mesmo, sempre fui ratinho de bibliotecas públicas) eu adorei, era na medida certa! Tive o prazer imenso de relê-lo esses dias, e não poderia deixar de compartilhar com vocês, afinal, agora que fiquei maior, minhas impressões sobre o livro devem ter mudado, certo? Não! Devo admitir que agora vejo o livro como sendo mais simples do que na época da minha primeira leitura, mas o objetivo ele continua sendo o mesmo: cativar e prender o leitor, fazê-lo prestar atenção, pensar, buscar. A ambientação escolhida pelo autor, um hotel de luxo, e os personagens deixam tudo melhor.
Porém, contudo, entretanto... Como ser social que sou, não posso deixar de ver a 'pegada' crítica que o autor destilou no livro, temas simples, cotidianos, porém que nos dizem um pouco sobre a realidade, principalmente no Brasil. E levem em consideração que a história do livro foi lançada em 1981! Mas como certa amiga me disse, em uma conversa extremamente prazerosa, "é a História se repetindo, com algumas pequenas alterações, mas massivamente a mesma". Vou destacar apenas dois pontos, para embasar minha opinião.
Leo, o protagonista, vem de uma família simples, porém muita 'direita', como diriam meus avós, quando acusado de roubo, e demitido por isso, não teve vez. Nem seus superiores acreditaram em sua honestidade, e quando consultou a "sua garota especial" ela veio que uma triste realidade: "Penso que deva ficar quieto em seu canto. Meu pai é advogado e sempre diz que um pobre dificilmente consegue pôr um rico na cadeia". E não é exatamente assim que acontece? Quem tem vez quando a situação "fica preta" e o oponente é alguém com uma condição financeira muito bem estabelecida? Até mesmo a polícia não acreditou em Leo, apesar das inúmeras evidências por ele apresentadas.
Uma segunda abordagem do autor que eu realmente apreciei, foi a exploração da temática da vida dos deficientes físicos: suas dificuldades, superação, habilidades distintas, convivência em sociedade e adaptabilidade. Ele teve o cuidado de ressaltar a importância, e criticar a ausência, de rampas de acesso, para deficientes físicos em prédios públicos, residenciais, e ruas em geral. Porém, não colocou o deficiente como um ser à mercê, totalmente frágil. Não, pelo contrário. Ele retratou-os através do personagem Gino como inteligentes, capazes e enérgicos, que não se deixam abater facilmente.
Bem, creio que isso é o que eu posso adiantá-los sobre o livro. É delicioso de ler. E lhes acrescentará algo, ao final da leitura. Posso garantir isso!
Curiosidades:
Outros títulos do autor, publicados na série Vaga-Lume:
- O Rapto do Garoto de Ouro
- Um Cadáver Ouve Rádio
- Sozinha no Mundo
- Enigma na Televisão
- Bem-vindos ao Rio
- Garra de Campeão
- Corrida Infernal
- Quem Manda Já Morreu
- Na Rota do Perigo
- Um Rosto no Computador
- Doze Horas de Terror
- O Diabo no Porta-malas
- Gincana da Morte
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