Resenha: A Tormenta de Espadas
(As Crônicas de Gelo e Fogo, Vol. III)


Livro: A Tormenta de Espadas
Série: As Crônicas de Gelo e Fogo
Autor: George R. R. Martin
Gênero: Fantasia
Editora: Leya
Páginas: 884

   Sinopse:

A tormenta de espadas, o terceiro livro da série de George R. R. Martin, onde os Sete Reinos já sentem o rigoroso inverno que chega, mas as batalhas parecem estar mais cruéis e impiedosas. Enquanto os Sete Reinos estremecem com a chegada dos temíveis selvagens pela Muralha, numa maré interminável de homens, gigantes e terríveis bestas, Jon Snow, o Bastardo de Winterfell, que se encontra entre eles, divide-se entre sua consciência e o papel que é forçado a desempenhar. Robb Stark, o Jovem Lobo, vence todas as suas batalhas, mas será que ele conseguirá vencer os desafios que não se resolvem apenas com a espada? Arya continua a caminho de Correrrio, mas mesmo alguém tão desembaraçado como ela terá grande dificuldade em ultrapassar os obstáculos que se aproximam. Na corte de Joffrey, em Porto Real, Tyrion luta pela vida, depois de ter sido gravemente ferido na Batalha da Água Negra; e Sansa, livre do compromisso com o homem que agora ocupa o Trono de Ferro, precisa lidar com as consequências de ser a segunda na linha de sucessão de Winterfell, uma vez que Bran e Rickon estariam mortos. No Leste, Daenerys Targaryen navega em direção às terras da sua infância, mas antes ela precisará aportar às desprezíveis cidades dos escravagistas. Mas a menina indefesa agora é uma mulher poderosa. Quem sabe quanto tempo falta para se transformar em uma conquistadora impiedosa? 

(Sinopse padrão para A Tormenta de Espadas, disponível nas páginas online dedicadas a ela, no SkoobSaraiva e Wikipedia.)

   Na contra capa:

...os Sete Reinos já sentem o rigoroso inverno que chega, e as batalhas tornam-se mais cruéis e impiedosas.
Todo o território continua a ferro e fogo.

   Book Trailer:

Pessoal, não foi encontrado nenhum book trailer para o livro, nem mesmo fan made. Desculpem! :(

   O que eu achei:

Hey, hey: estou aqui mais uma vez! E continuando a resenha dessa obra gigantesca, do nem tão amado e querido George Martin. Bem galera, pra começar, é bom alertá-los do seguinte: é meio impossível de falar do livro três sem dar spoilers. A versão televisiva da obra, adaptada pela HBO adaptou muita, muita coisa mesmo! Mas vamos lá!

Em primeiro lugar, guerra continua sendo a palavra de vez, ou melhor, até determinada parte do livro. Deve ser um dos substantivos mais usados nos livros! A guerra pela coroa e pelo trono de ferro continua inabalável. Podemos começar falando um pouco sobre a situação dos reis nessa confusão toda. Embora Daenerys não esteja envolvida na guerra em Westeros, sua vida não é menos complicada, e sim, muito mais perigosa. A diferença é que agora ela tem três seres capazes de virar o jogo de forma fenomenal: Drogon, Viserion e Rhaegal. Três dragões. Nascidos da pedra e da magia, e em desenvolvimento. Inicia-se uma época de libertação, motivação e auto-análise. Daenerys precisa de um exército que seja capaz de lutar, e lhe devolver o que é seu por direito, e com esse objetivo acaba indo para a parte escravagista do continente, a Baía dos Escravos. Após conseguir o que deseja, ela segue em uma marcha que dá ao mesmo tempo esperança e terror aos homens.

No Norte, as coisas não estão melhores, os selvagens se agruparam e reuniram sob a tutela de Mance Rayder, e preparam-se para atacar a Muralha com todo o seu poderio. Enquanto isso vemos um Jon Snow divido entre o dever e o querer. Embora não chegue a ser um divisão real, ainda assim o peso de suas responsabilidades e emoções podem fazer a 'roleta girar' de modo arrasador. Joffrey realmente se superou nesse livro. Ele é absurdamente cruel, estúpido, autoritário e tirano.

Casamento. Eis a palavra que vem tomar o lugar (e, talvez, o sentido/definição) da palavra guerra. Os casamentos mencionados e contados nos livros tem papel fundamental. Simbolizam alianças e acordos. Porém, estamos em guerra, e no amor e na guerra vale tudo. Não posso deixar de falar que com a introdução do ponto de vista de Jaime, passamos a ver um lado seu que não conhecíamos, e que pode mudar como o encaramos. Ele se mostra uma pessoa com muito além do título de regicida, e um Lannister. Sua viagem de volta ao lar, escoltado pela Donzela de Tarth, Brienne, talvez tenha lhe devolvido algum senso de honra.

Robb vence batalha após batalha. E se mostra um guerreiro temível, e um comandante inteligente. Porém, quando sentimentos e honra são postos à mesa, as coisas tendem a ir para um rumo mortal e sem volta. Arya encontra-se com Beric Dondarrion durante sua triste tentativa de retornar para a mãe, e testemunha algo do qual nunca irá esquecer. Porém descobrimos algo interessante quanto à ela. Melisandre e Davos ganham um espaço maior nesse livro. E somos apresentados mais intimamente a religião do deus da luz, ou melhor, ao aspecto dos sacrifícios de pessoas com sangue real.

Muito há a mais para se falar sobre vários outros personagens e acontecimentos; basicamente mortes misteriosas e decisões drásticas fazem o continente se mover; porém, prefiro encerrar essa parte aqui. E incentivá-los a ler o livro. Não vão se arrepender.

   O que mais gostei:

O ponto de vista de Jaime é revelador. Simplesmente é como se houvesse um Jaime incrível do qual nunca ouvimos falar. Bem ao estilo "Severo Snape" de ser.

A leitura foi extremamente fluída, e nada cansativa. Por que de fato, a estória do livro segue tão dinâmica, e assustadoramente envolvente e surpreendente, que não há com parar de ler! O epílogo é o clímax do livro, dando-nos a sensação de que as coisas vão entrar nos eixos de alguma forma.

   O que não gostei:

'Titio' George atacou novamente. E esqueça tudo o que você viu até agora. Ele não poupou desgraças nesse livro.

   Curiosidades:

(Contém spoilers!)
Os pontos de vista apresentados no livro são de: Arya, Sansa, Bran, Jon (embora ele seja bastardo, ainda pertence à casa) e Catelyn (originalmente da casa Tully, mas depois casada com Eddard Stark, de quem enviuvou), da casa Stark; Daenerys, da casa Targaryen; Tyrion e Jaime, da casa Lannister; Davos Seaworth, um contrabandista leal a Stannis, e por fim o prólogo de Chett, um irmão da Patrulha da Noite e o epílogo de Merrett, da casa Frey.

  • Arya, Bran e Jon são wargs;
  • Por sua extensão, em Portugal o livro foi dividido em dois volumes, sob os títulos A Tormenta de Espadas e A Glória dos Traidores;
  • Encerra a primeira fase da obra, um período em que a publicação ocorreu com um intervalo de dois anos entre cada livro;
  • Percebam que a morte é algo com o qual não é possível contar. Um personagem 'morto', pode estar, ou não, realmente morto. Tudo é um ponto de vista;
  • Foi publicado pela primeira vez em 8 de agosto de 2000 no Reino Unido, mas somente foi publicado em terras brasileiras em 2011, pela LeYa;


   Citação Preferida:


*****


E pessoal, continuando com a ideia, não deixem de ver o post da seção Seriados, sobe a segunda temporada de Game of Thrones, da HBO. Fiquem conosco! E aguentem até o fim, a obra é extensa, mas é a maior obra de fantasia do momento. Valar Morghulis!



Nenhum comentário:

Postar um comentário